Aprendendo a olhar para dentro, a nos auto observar, reconhecer onde podemos evoluir
Por Pedro Frazão @pedrofrazaoyoga
Yoga é autoconhecimento na veia, e começa com o processo de auto-observação. Nesta prática aprendemos a perceber como está o nosso corpo, sentir qualquer tensão ou desconforto. É comum iniciarmos esta jornada através dos asanas (posturas), mas elas são a mera ponta do iceberg de uma ciência/pratica/filosofia milenar.
No Yoga aprendemos a nos desfazer de tensões provenientes de antigos padrões que não nos servem mais. É comum, como forma de nos defender, de forma inconsciente, nos tencionamos, e até mesmo, nos estressarmos. Na prática aprendemos a detectar aquilo que não nos serve mais. Desenvolver hábitos que nos ajudam a nos fortalecer, a nos melhorarmos, a encontrar propósito naquilo que fazemos.
É uma prática de autoconhecimento. Aprendemos a olhar para dentro, a nos auto observar, reconhecer onde podemos evoluir. Nunca é uma prática de se comprar com o outro, mas sim de se entender e saber o que pode ser feito para nos tornarmos pessoas mais fortes, equilibradas, mais plenas.
POSSÍVEIS TENSÕES, ANSIEDADES E INSEGURANÇA EM ÉPOCA DE CRISE
Se por um lado nunca se teve tanto tempo para mergulhar em si, e praticar yoga e auto-observação, muitas pessoas estão relatando grandes dificuldades neste período de isolamentos, quarentenas e incertezas. É normal. E você não deve se cobrar, se isso for o caso com você. O Ser humano nunca reage bem a mudanças drásticas e incertezas sobre o futuro. Como indivíduos, apreciamos o conhecido, as rotinas, a segurança. Mas a vida é feita de imprevistos, e ela (a vida), certamente nunca é linear.
O yoga nos oferece inúmeras ferramentas para passar por esses processos, e até nos fortalecermos neles. Um dos primórdios, é aquietar a mente (a mente mente), para poder, em seguida, aquietar os kleshas (distúrbios mentais). Desenvolver o discernimento (viveka), aspecto tão primordial do yoga. Viveka é a capacidade de poder observar o mundo e seus fenômenos como são de fato; sem distorções e sem filtros. A partir daí, conseguimos agir com mais eficiência, a olhar para nós mesmos com mais veracidade.
É através desta prática milenar que desenvolvemos o entendimento
O entendimento mais importante é perceber que nossa consciência individual não é separada da consciência universal. Não somos separados do todo. Somos a plenitude em si. Por trás de qualquer caos externo, no fundo, somos tranquilos. Esse é nosso estado na sua essência.
Mas como sempre digo, sem prática, não há resultado. Tem que praticar o yoga, em todos seus aspectos. Yoga na sua totalidade. Não só asanas bonitos. Praticar com regularidade, com o acompanhamento de mestres competentes.
Boas práticas!
[] Pedro Frazão tem mais de 700 horas de formação em cursos reconhecidos mundialmente pelo Yoga Alliance. Formou-se em Hatha Yoga pelo Curso Sadhyaya e Vinyasa Yoga pelo Yin Yang Vinyasa, ambos no Rio de Janeiro.
Em 2018, fez formação de 200 horas no Trimurti Yoga, na Índia. Praticante assíduo, estudioso e apreciador dos Yoga Sutras, completou o curso de 100 horas do Carlos Alberto Barbosa sobre o tema. Pedro dá aulas como caminho de autoconhecimento e desenvolvimento espiritual.
Amante tanto de Hatha como de Vinyasa, ele é adepto de uma prática que se adapte às necessidades dos alunos. Suas aulas, sempre guiadas pela atenção na respiração, alternam momentos de fluidez e longas permanências. Os comandos verbais são claros e acessíveis. O resultado é uma aula que valoriza práticas conscientes e respeita os limites de cada um.
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